segunda-feira, 18 de julho de 2016

O Pão ao redor do mundo




O pão presente em todos os lares é motivo de polêmica. Mas, de fato não se sabe quando o pão começou a ser feito. Como era o pão de antigamente?
É estimado que o pão tivesse surgido há 12 mil anos na Mesopotâmia juntamente com o cultivo do trigo. Eram feitos de farinha misturada com o fruto do carvalho. Os primeiros pães eram achatados, duros, secos e muitos amargos. Para ser ingerido, o pão era lavado várias vezes em água fervente e depois era assado sobre pedras ou embaixo de cinzas.

O Pão no Brasil
O pão começou a ser popular no século XIX, apesar de ser conhecido desde os colonizadores. Os pães feitos no Brasil eram escuros enquanto na França o pão era de miolo branco e casca dourada. O pão francês que tanto é usado no Brasil não tem muito a ver com os verdadeiros pães francês, pois a receita do pão francês no Brasil só surgiu no início do século XX e difere do pão europeu por conter um pouco de açúcar e gordura na massa.

O Pão na Itália

A Ciabatta, cujo nome significa “chinelo” e há quem diga que a receita veio de um mosteiro do norte do país. É feita em sua maior parte de água, é uma opção levíssima, crocante e ótima para sanduíches. O Pão Italiano, feito com fermentação natural utilizando os processos tradicionais de fabricação, tem sua crosta mais grossa e miolo denso com um sabor intenso e inconfundível.



A Foccaccia, de fabricação antiga, forma achatada e textura macia, aparecem em muitas variações por todo o país. 



O tradicional Filão surgiu na Toscana, só que sem adição de sal. Algum tempo depois, ganhou todo o país, já produzido salgado.




Tradicional iguaria consumida na época do Natal, o Panetone é um pão doce, recheado de frutas secas (uvas passas e frutas cristalizadas). Tem fragrância de baunilha. Sua consistência macia é resultado de um processo de fermentação natural.
A origem do panetone é um mistério. Existem várias lendas sobre sua origem, com uma descrição em comum: o Panetone tem origem em Milão, na Itália.
Segundo uma das lendas, o panetone foi criado por um padeiro chamado Toni, que trabalhava na padaria Della Grazia, em Milão, na época de Ludovico, o Mouro (1452 – 1508).  O jovem padeiro, apaixonado pela filha do patrão, teria inventado o pão doce para impressionar o pai de sua amada. Os fregueses passaram a pedir o “Pani de Toni”, que evoluiu para o panattón(vocábulo milanês), e depois para “panettone” (italiano).



O Pão Pitta da Calábria, o pão merece um capítulo à parte. Ocorre que a Calábria não é, diferente de muitas outras regiões da Itália, o que se pode chamar de farta em termos de comida. É uma região pobre, habituada a encontrar soluções para a combater qualquer desperdício. A panificação é uma delas. Fazer o pão pitta (chato) ou em outros tantos formatos é um movimento sagrado e muito sério para os calabreses.



O Pão na Idade Média
O primeiro pão assado em forno de barro foi a 7000 a.C. no Egito, que mais tarde descobriram o fermento. O pão chegou à Europa em 250 a.C. sendo preparado em padarias. Com a queda do Império Romano e da organização por ele imposta ao mundo, as padarias europeias desapareceram, retornando a fabricação doméstica do pão na maior parte da Europa. O senhor feudal permitia apenas o uso do moinho e dos fornos. Voltou a se consumir, pela comodidade, o pão ázimo, sem fermento e achatado, que acompanhava outros alimentos, como a carne e sopas. Nessa época, somente os castelos e conventos possuíam padarias. Os métodos de fabricação de pães eram incipientes e, apesar das limitações na produção, às corporações de padeiros já tinham alguma força. No século XVII, a França se tornou o centro de fabricação de pães de luxo, com a introdução dos modernos processos de panificação, apesar de desde o século XII já ser habitual o consumo de mais de vinte variedades de pães naquele país. Depois, a primazia na fabricação de pão passou a Viena, Áustria. A invenção de novos processos de moagem da farinha contribuiu muito para a indústria de panificação. Os grãos de trigo, inicialmente, eram triturados em moinhos de pedra manuais, que evoluíram para o de pedra movido por animais e depois para os movidos pela água e, finalmente, pelos moinhos de vento. Apenas em 1784 apareceram os moinhos movidos a vapor. Em 1881 ocorre a invenção dos cilindros, que muito aprimorou a produção de pães.


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