sexta-feira, 29 de julho de 2016

Vinhos Espanhóis


O vinho tem lugar de destaque na mesa espanhola e as regiões de La Rioja, Andaluzia e Catalunha são famosas pela produção de bebida. Como em outras cozinhas mediterrâneas, a da Espanha não prepara uma boa comida sem um vinho à altura. Praticamente todas as regiões do país produzem vinhos e a maioria com certificados como o de Denominação de Origem (DO).
Desde a década de 1990, porém, a indústria vitivinícola espanhola tem passado por profundas transformações – maiores do que todas as ocorridas nos séculos anteriores – e considerável processo de modernização, que não se limitou apenas ao campo, mas também incluiu toda a regulamentação do setor, e hoje o país é berço de alguns dos mais prestigiosos vinhos do mundo.
A Espanha tem atualmente a maior área de vinhedos do mundo e é o terceiro maior produtor, ocupando a maior parte da Península Ibérica. Grande parcela do território espanhol está em um planalto central denominado meseta, situado a altitudes que variam entre 600 e 1000 metros acima do nível do mar, rodeado de cadeias montanhosas.
Os tipos de solo variam muito de uma região para outra, assim como os micro climas. Nas áreas litorâneas, percebe-se a influência marítima, com clima mais fresco e úmido; no interior do país, o clima é mais continental, com verões mais frios e invernos rigorosos. E essa pluralidade se reflete nos vários tipos de perfis de vinhos espanhóis.
Vamos conhecer agora alguns vinhos típicos de algumas regiões:

ANDALUZIA - Quatro importantes regiões produtoras estão em terras andaluzas: Condado de Huelva, Jerez-Xérès-Sherry e Manzanilla de Sanlúcar de Barrameda, Málaga e Montilla-Moriles. Alguns vinhos há muito constam de carta espanhóis no exterior. Em especial, os produzidos na cidade de Jerez (Cádiz) e representados pelos finos, manzanillas, olorosos, palo cortado, amontillados e doce. Entre esses, o de maior destaque é o Pedro Ximénez.
CASTILLA Y LEON -  É a comunidade autônoma com maior número de áreas vinícolas do país e sua produção nos lembra um mosaico que prima pela variedade de estilos de vinho, uvas e métodos de elaboração.Os vinhos dessa comunidade pertencem a várias denominações de Origem (DO). Ribera del Duero, famosa por seus tintos frutados e aromáticos. A casta de Tempranillo é a base desses vinhos, ou seja, há uma menor participação das uvas Cabernet Sauvignon, Malbec e Merlot. Destaque também para os rosés de DO Cigales, os tintos intensos da DO Cigales y Toro e os famosos brancos de Rueda.

CATALUNHA -  Trata-se da comunidade com maior diversidade varietal de toda a indústria vinícola da Península. No total, existem 11 Denominações de Origem de características variadas. Há regiões produtoras extensas, com Penedès, e pequenas e especializadas, como Conca e Barberà, Alella ou Plade Bages. São elaborados brancos frescos e uma enorme variedade de tintos e rosés clássicos.

GALÍCIA - Nessa região, localizada no Noroeste da Península Ibérica, são produzidos os vinhos e cinco Denominações de Origem diferentes: Rías Baixas, Ribero, Valdeorras, Monterrei e Ribeira Sacra. Os destaques são os vinhos mono-varietais de uvas Albariño, de Rías Baixa. A Galícia também produz uma aguardente com a qual se  faz a queimada, que tem esse nome porque a bebida é queimada com açúcar.

CAVA CATALÃ - O vinho espumante conhecido como Cava tem sua própria identidade, até mesmo diante do prestígio do champagne francês. produzido principalmente na região vinícola de Penedés, na Catalunha, o Cava também é elaborado pelo método champenoise, o mesmo do champagne. No processo, são usadas as uvas Macabeo, Xarel-lo e Parellada. A aposta das principais vinícolas nessa bebida e a qualidade do espumante têm levado o Cava a ganhar fama em diversos países europeus e também nos Estados Unidos.



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