Em 1533, a nobre italiana Catarina de Médici (1519-1589),
então com 14 anos de idade, casou-se com o rei Henrique II de França
(1519-1559) e mudou-se para o país do marido, levando consigo a receita de seu
doce favorito, uma espécie de biscoito feita com merengue de amêndoas. O
macaron, na época conhecido apenas como Doce da Rainha era
restrito aos nobres da corte. Os confeiteiros de Catarina mantinham a receita
em segredo. O nome veio de “maccherone” (macarrão, em italiano) que designava
massa fina.
No século XVI a receita dos finos biscoitos caiu nas mãos de
freiras Carmelitas, que passaram a produzir e vender os doces. Duas freiras da
cidade de Nancy, remanescentes dessa ordem, recriaram a receita no século
XVIII, durante a revolução francesa. Elas ficaram conhecidas como Irmãs
Macarons. Mas foi no século XX que o doce tomou a forma de “biscoito
recheado”, um pouco mais parecida com a que conhecemos hoje.
Em 1930, Pierre Desfontaines descobriu a
receita das freiras, fez algumas modificações, uniu dois daqueles biscoitos de
merengue com ganache de chocolate, criando o macaron de dois andares. Pierre
passou a vender o doce na confeitaria Ladurée, fundada em
Paris, em 1862, por seu avô Louis Ernest Ladurée. Atualmente, a famosa
confeitaria francesa vende cerca de 15 mil macarons por dia! Não dá para
visitar a Cidade Luz sem comer um desses macarons clássicos.
Mas quem deu vida nova aos macarons da Ladurée, produzindo
o doce com cores vivas e sabores os mais variados, foi o doceiro francês Pierre
Hermé. A inovação tornou sua doceria famosa em todo o mundo. Pierre
manteve a base da receita, formato e textura originais (crocante por fora,
macio e úmido por dentro), e acrescentou novos sabores à massa e ao recheio,
além do colorido que encanta a todos. Hoje em dia, o macaron é um doce quase
obrigatório no buffet do casamento, inclusive disputando atenção dos convidados
com o tradicional bem-casado.
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